Formar profissionais reconhecidos como referência em seus campos de atuação é uma das premissas do Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), que nos últimos 24 anos soma mais de 8.100 egressos. São pessoas que trilham carreiras nas mais diversas áreas do conhecimento, desenvolvendo ações de liderança, empreendedorismo, gestão de projetos, prestação de serviços, entre outros. Porém, há também outro alicerce preconizado pelo UNIDEP: a formação cidadã. Aqui, destaque para os egressos que transformam a sociedade com o voluntariado.
Um desses exemplos é a trajetória da empresária pato-branquense Marina Bertol Preisler, diretora do Instituto Jojoca e egressa da primeira turma do curso de Administração do UNIDEP. “Meu primeiro ato solidário foi quando eu tinha 12 anos e levei duas meninas de rua para dormir uma noite lá em casa. Recentemente descobri que uma daquelas crianças é mãe de um dos alunos do Jojoca. Não sei explicar, acredito que seja providência divina”, cita.
O Projeto Jojoca iniciou em 2020, resultado do engajamento de voluntários que, naquela ocasião, oportunizaram um Natal diferente para 85 famílias. Hoje, enquanto Organização da Sociedade Civil (OSC), o Instituto Jojoca atua na região do Bairro São João, atendendo cerca de 240 crianças, além de gestantes. Atualmente, o Jojoca oferta aulas de reforço, artesanato, tecido acrobático, pagode, coral, projetos de sustentabilidade, aula de corrida, grupos de gestantes, mercearia solidária, entre outros.
“O Jojoca nasceu de um grupo de amigos do qual eu estava à frente. De repente, o que começou com poucas pessoas, cresceu. Percebemos que o projeto poderia ser ampliado e se estruturar, indo além das doações, oportunizando que crianças e jovens tivessem acesso a oficinas e formações, para que pudessem vislumbrar diferentes possibilidades de futuro”, menciona Marina.
“Jojoca” foi um nome carinhoso que os voluntários identificaram para chamar os alunos do projeto; portanto, participar do projeto significa “ser um Jojoca”. “Mesmo que ainda sejam crianças, muitas têm uma história de vida muito difícil. Por isso, estamos aqui por amor. Amor a essas crianças. Hoje, elas vêm no projeto de livre e espontânea vontade. Mas, no início, eu ia de casa em casa, batendo de porta em porta, dizendo para as mães enviarem seus filhos ao projeto”, recorda.
Por que o Bairro São João?
Criado no início da década de 1980, o Bairro São João já vivenciou diferentes projetos sociais. No entanto, poucos situaram-se dentro da localidade. Hoje, a sede do Jojoca é na antiga escola municipal. “Vivemos a realidade do Bairro 24 horas por dia. Com isso, não atendemos somente as crianças, mas também as mães, os pais, os avós... enfim, olhamos para as necessidades de toda comunidade”, ressalta.
Marina, que para os Jojocas é conhecida como “Madrinha”, evidencia o propósito do projeto: “acreditamos que podemos mostrar um caminho diferente para as crianças, para que elas possam transformar suas vidas. Antes, suas vidas eram muito restritas à realidade do Bairro. Hoje, graças aos nossos apoiadores, parceiros e voluntários, elas podem sonhar e vivenciar outras realidades”, salienta.
Uma formação humanizada
A importância da formação em Administração para o gerenciamento de recursos de uma instituição do terceiro setor é destacado por Marina. “Gerir um projeto social como o Jojoca é uma responsabilidade muito maior do que gerir uma empresa. Aqui, se eu falhar, comprometo uma verba que, além de ser reduzida, tem um impacto muito grande na vida das pessoas que são beneficiadas pelas ações e projetos que resultam desses recursos. Isso exige gestão, responsabilidade e amor. Por isso, a formação que recebi no UNIDEP certamente faz toda diferença para que eu possa prosseguir com essa missão”, enaltece.
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Matéria: Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR
Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Fotos: Alan Winkoski, Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
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