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Psicologia

Em Mestrado, egressa pesquisa vivências da juventude rural

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A egressa do curso de Psicologia e colaboradora do Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), Marilis Dambroski, concluiu o Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, na linha de pesquisa “Regionalidade e Desenvolvimento”. Sob orientação da professora Dra. Hieda Maria Pagliosa Corona, ela desenvolveu a pesquisa intitulada “Juventude Rural na Agricultura Familiar: Diversidades e Resistências”.

De acordo com Marilis, a juventude rural é um tema abordado por diversos autores, porém, há questionamentos que demandam profundidade. Nesse sentido, sua pesquisa discorreu sobre vivências, relações com a sociedade e natureza, diversidades e resistências de jovens que residem ou residiram no campo. “Refleti sobre como o modelo hegemônico de desenvolvimento atravessa as experiências de jovens rurais, impactando na permanência, da saída e/ou no retorno dessas pessoas à comunidade rural”, pontua.

Para desenvolver o estudo, Marilis realizou uma pesquisa de campo no Assentamento 8 de Junho, situado nas proximidades de Laranjeiras do Sul (PR). Foram entrevistados 15 jovens que contemplaram a diversidade de fluxos abordada na sua dissertação: jovens que nunca saíram do meio rural; que migraram para o perímetro urbano; que retornaram ao rural; e também os que transitam entre o rural e o urbano para trabalhar ou estudar.

“Entre os principais resultados, identifiquei que a juventude entrevistada pretende permanecer no campo, mesmo depois de concluir o Ensino Superior. Isso ocorre pela localização geográfica do Assentamento, uma vez que o acesso ao perímetro urbano é facilitado. Em relação aos processos de resistências, a permanência, a continuidade na agricultura familiar, bem como o ato de estudar buscando novas formas de pensar o mundo em consonância com a natureza, são formas de resistência ao modelo de agricultura dominante, como as monoculturas. Além disso, a juventude participante da pesquisa demonstrou preocupação com a preservação ambiental”, pontua.

Marilis conta que a temática da pesquisa atravessa sua história de vida, pois seus pais residiram na área rural do Distrito do Rio da Prata. “Para mim, o Mestrado é uma grande realização pessoal e profissional, pois venho de uma família humilde, em que a educação é muito valorizada. Meus pais, que estudaram apenas até os anos iniciais (a antiga 4ª série), sempre me estimularam. Sou a primeira mestra da família e isso tem um peso muito grande, pois não significa somente ter um título. Para mim, é sobre como posso contribuir com outras pessoas e fazer a diferença a partir dessa formação”, ressalta.

Marilis graduou-se em Psicologia em 2019, pelo UNIDEP. “Minha paixão pela pesquisa foi despertada na graduação, durante o estágio de pesquisa realizei a primeira pesquisa de campo. Após formada, busquei por grupos estudos e fui convidada a participar de um Projeto de Extensão da UTFPR – Campus Curitiba, sobre Leituras de Lev Vygotsky. Por este grupo, tive meu primeiro trabalho publicado. Posteriormente, entrei no grupo de Pesquisa ARIADNE - Rede de Estudos da Diversidade Social e Ambiental da UTFPR - Pato Branco, onde percebi que a Psicologia pode ser inserida em vários espaços e perspectivas não tradicionais”, conta.

Atualmente, no UNIDEP, Marilis integra a equipe do Setor de Gestão e Desenvolvimento de Talentos (Gesta), no cargo de Assistente Administrativo. Ela também participa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Metodologias Ativas (Gepmat) e do Grupo de Estudos em Desenvolvimento, Aprendizagem e Identidade Docente (Gedai).

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Matéria: Profa. Ma. Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR
Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Foto: Alan Winkoski, Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Contato: agencia@unidep.edu.br

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