Entre as pesquisas acadêmicas realizadas recentemente pelo Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), por meio dos editais de fomento à iniciação científica da Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão, Inovação e Internacionalização (PROPPEXII), está o trabalho “Saúde na Escola: Parasitoses, um assunto de criança a adulto”, conduzido pelo professor Me. Celso Ferraz Bett, juntamente com a acadêmica do curso de Enfermagem, Valeria Aparecida Schuster, bolsista do Programa de Bolsas para Iniciação Científica (ProBIC) do UNIDEP. A pesquisa teve duração de 1 ano e contemplou crianças das escolas municipais dos bairros São Cristóvão, Alvorada e São João.
O professor Celso explica que em contextos de vulnerabilidade econômica, somados à falta de saneamento básico, doenças parasitárias encontram um campo fértil para desenvolverem-se. “A partir de assuntos trabalhados na disciplina que ministrei ao 2º período do curso de Enfermagem, decidimos iniciar a pesquisa com foco em crianças e escolas do município. O projeto também visou a conscientização da população de uma maneira geral, professores, pais, entre outros. Nesse sentido, elaboramos um folder em conjunto com a Prefeitura, com ampla distribuição em postos de saúde e escolas de Pato Branco”, conta.
O projeto contemplou as três escolas municipais e envolveu cerca de 700 crianças, com uma peça teatral utilizando fantoches. “O roteiro, desenvolvido pela acadêmica Valeria, buscou conscientizar as crianças sobre cuidados higiênicos e formas de prevenção para evitar as parasitoses. Nesses momentos também entregamos o folder ilustrado. As crianças que participaram do projeto levaram as informações para suas famílias, em que as orientações chegaram a pessoas que, muitas vezes, desconheciam a importância da temática. Ficamos contentes com os resultados alcançados”, avalia.
Para Celso, a realização de pesquisas acadêmicas, inseridas em práticas extensionistas junto à comunidade, oportunizam que acadêmicos e docentes adquiram maior experiência. “Além de nos desenvolver na pesquisa, também aprimora competências interpessoais, o que soma-se ao fortalecimento curricular. O auxílio financeiro, além de ajudar com os custos da graduação, moradia e transporte, também estimulam os estudantes a desenvolverem um bom projeto, que renderá frutos com sua continuidade e futuras publicações”, destaca.
O projeto foi socializado no Summit UNIDEP 2021, em que resultados da pesquisa foram apresentados na sessão de extensão, em formato de relato de experiência. Celso enaltece a importância da construção partilhada entre docente e aluno. “A relação aluno/professor é sempre um desafio, mas atuar ao lado do estudante em contextos de pesquisa gera benefícios pedagógicos e sociais. Contribuir de forma individualizada na formação de um aluno, oportuniza resultados significativos e positivos. O respeito, a amizade, a disciplina e a organização, somados a objetivos bem traçados, são fundamentais para o bom andamento dessa relação de convivência na elaboração de uma pesquisa científica”, frisa Celso, que leciona nos cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Estética e Cosmética e Fisioterapia.
A coordenadora de Pesquisa e Iniciação Científica do UNIDEP, professora Ma. Graciela Caroline Gregolin, avalia que a pesquisa conduzida por Celso e Valeria teve um enfoque muito significativo na comunidade. “A proposta unificou pesquisa e extensão. Desta forma, oportunizou à acadêmica colocar em prática os conhecimentos construídos no ambiente universitário, contribuindo de modo expressivo com a promoção de saúde e prevenção de doenças nos contextos escolares. Atividade como estas também contribuem com as ações das equipes de saúde da família no âmbito da Atenção Primária à Saúde”, completa.
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Matéria: Profa. Ma. Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR
Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Foto: Alan Winkoski, Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
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