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Odontologia

População surda é atendida na Clínica Escola de Odontologia

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A Clínica Escola de Odontologia segue atendendo a comunidade interna e externa do Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), mas de uma forma cada vez mais humanizada. Isso porque iniciaram os atendimentos vinculados ao Projeto de Extensão OdontoLibras, coordenado pela professora e intérprete de Libras, Ma. Luciana de Freitas Bica. A partir de agora, a população surda passa a ser recebida no local, por meio da atuação de acadêmicos aptos a se comunicarem com os surdos por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), realizando uma anamnese acolhedora e empática.

Os espaços de saúde são vulneráveis quando o assunto é a inclusão de pessoas surdas, que não são compreendidas pelos profissionais e não sentem-se acolhidas durante os atendimentos. “A população surda é invisível na sociedade e nós estamos na luta para a inclusão na área da saúde. No UNIDEP, nos cursos de Medicina e Odontologia, temos grupos de alunos que, a partir das disciplinas eletivas de Libras, seguem no processo formativo, continuam os estudos e estão aptos a atenderem os surdos por meio da humanização, que é um dos nossos diferenciais”, explica a professora Luciana, que também mobiliza os atendimentos juntamente com a Associação de Surdos de Pato Branco.

O primeiro surdo atendido pelo projeto OdontoLibras foi Jean Camara, 25 anos. A partir da tradução realizada pela professora Luciana, ele contou que esta foi a primeira vez que foi atendido em um ambiente de saúde por alguém que conhecia a Libras. “Toda vez que vou ao dentista é muito difícil, tem barreiras, escrevem o português para tentar conversar conosco, mas nós não compreendemos muito bem. O surdo sofre muito, vocês não fazem ideia. Já abandonei tratamentos, pois a comunicação não acontece. A gente precisa de intérprete ou de profissionais dentistas que saibam, que sejam capacitados. Ver isso acontecendo nos deixa feliz, é menos sofrimento para os surdos”, conta.

A acadêmica do 8º período de Odontologia, Gabriele Eduarda de Oliveira, faz parte do OdontoLibras e realizou a anamnese de Jean em Libras. “Eu me sinto extremamente feliz em mostrar para as outras pessoas que é possível incluir a população surda no tratamento odontológico, por meio de um atendimento mais humanizado. Eu sempre gostei da Libras, sempre tive amigos surdos, que me incentivaram a aprender a Língua Brasileira de Sinais, por isso resolvi entrar nessa área e vou levá-la em toda a minha profissão”, ressalta.

O professor Diego Mânica, coordenador da Clínica Escola de Odontologia do UNIDEP, evidencia que o atendimento à população surda é um diferencial. “Para nós é fantástico, é um momento ímpar para a Odontologia e um diferencial gigantesco, pois não são todas as universidades que conseguem proporcionar esse aprendizado aos alunos e essa oportunidade à comunidade. Nossos alunos levarão essa prática humanizada às unidades de saúde e aos seus consultórios, rompendo barreiras e realizando uma Odontologia cada vez mais inclusiva”, avalia.

Entre os atendimentos ofertados pela Clínica Escola de Odontologia do UNIDEP estão: limpezas, restaurações, clareamento, radiografias, tratamento de canal, próteses, extrações, biópsias, avaliações e orientações. Para agendar um horário, basta ligar ou chamar no (46) 3220-3088 (telefone e WhatsApp).

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Matéria: Profa. Ma. Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR

Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP

Fotos: Alan Winkoski, Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP

Contato: agencia@unidep.edu.br

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