6/7/2021
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Com monitorias sendo ofertadas pelos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia, estudantes estão protagonizando práticas de ensino-aprendizagem e sendo despertados para a carreira docente
O frio na barriga ao dividir a condução de uma aula junto com o professor que a gente tanto admira é, sim, inesquecível. No Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP), alunos dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia estão vivendo esse tipo de experiência extraordinária de ensino-aprendizagem por meio das monitorias, vinculadas a disciplinas em que os professores atuam como preceptores, orientando e, sobretudo, inspirando os acadêmicos à docência. O contato com os colegas e a construção de novos conhecimentos contribui, ainda, para o desenvolvimento de importantes competências, que farão a diferença na trajetória acadêmica e profissional dos estudantes.
A Pró-Reitora de Graduação do UNIDEP, professora Ma. Carla Maria Ruedell, reforça que a monitoria é uma modalidade de ensino-aprendizagem que oportuniza o desenvolvimento profissional e pessoal dos acadêmicos, movimento no qual os coordenadores de curso são fundamentais para o engajamento e adesão dos alunos. “A monitoria é o primeiro passo para a docência, pois a participação nessas atividades representa o despertar para a carreira docente, uma vez que o aluno protagoniza experiências ligadas ao ensino. Soma-se a isso o fato de que essa é uma importante oportunidade para fazer a diferença e ressignificar a própria história”, enaltece.
O coordenador do curso de Medicina, professor Me. Vilson Geraldo de Campos, reforça que o exercício da monitoria desperta a vocação pela docência e vai muito além do estar em sala de aula auxiliando o docente responsável pela disciplina. “Esse programa de iniciação à docência inclui diversos processos, entre eles podemos elencar o planejamento das atividades, a responsabilidade do discente e o compromisso com uma atividade de monitoria que seja dinâmica e interativa, buscando uma explicação que cative o interesse dos colegas”, conta.
A coordenadora do curso de Enfermagem, professora Me. Gisele Iopp Massafera, acredita que a monitoria contribui significativamente na formação dos acadêmicos. “O monitor mantém-se atualizado, estuda e ainda compartilha seus conhecimentos com os colegas, além de treinar habilidades e competências essenciais para o ser enfermeiro. Sem dúvidas, por meio desse programa estamos formando profissionais diferenciados e oportunizando uma aprendizagem humanizada, rica em experiências ímpares”, avalia.
Já a coordenadora do curso de Odontologia, professora Dra. Christiana Almeida Salvador Lima, evidencia a importância da aprendizagem compartilhada entre os estudantes e da construção de conhecimento colaborativa. “A monitoria permite a interação entre os alunos, com troca de conhecimento de igual para igual, desenvolvendo habilidades ao monitor que certamente embasarão sua trajetória profissional. Além disso, também desenvolve o aluno para o cunho docente e/ou de pesquisa científica”, pontua.
Experiências extraordinárias a gente não esquece
A acadêmica do 5º período de Odontologia, Gislaine Pereira Bes, conta como foi a experiência de participar do programa. “Realizar a monitoria na Clínica Integrada I foi de grande valia e agregou muito no meu conhecimento sobre a prática odontológica. Consegui vivenciar outras formas de atender e avaliar os pacientes, tendo uma nova visão e possibilidades da postura diante do diagnóstico, prognóstico e alguns procedimentos clínicos, podendo corrigir erros e ter maior assertividade. Consegui também uma relação mais expansiva com meus colegas, podendo trocar informações por meio da colaboração. Enfim, só tenho a agradecer pela oportunidade de fazer parte da monitoria e, com certeza, faria novamente”, afirma.
Já para Diandra Martelo de Almeida, aluna do 7º período de Enfermagem, ser monitora contribuiu em diferentes momentos da sua graduação. “Ser monitora de Semiologia e Semiotécnica foi uma fase de grande conhecimento e satisfação pessoal. Além de poder transmitir o conhecimento obtido no decorrer da caminhada acadêmica, também tive a oportunidade de revisar os conteúdos e aprender com meus colegas. Isso proporcionou muitas experiências, incluindo um despertar para a docência, pois durante esse período descobri algo que realmente gosto de fazer. Acredito que ser monitor de uma matéria durante a graduação garante muitas oportunidades futuras, pensando no enriquecimento curricular, horas complementares, agregando conhecimento e interação com outras turmas”, frisa.
Quem também avalia positivamente o aprendizado obtido nas monitorias é Rebecca Lumy Nunes Yoshikawa, acadêmica do 5º período de Medicina. “Ser monitora, para mim, vai muito além de ganhar horas para futura residência, significa compartilhar conhecimento e adquiri-lo. Estudando para dar as monitorias, nos aprimoramos nos assuntos e temos trocas de saberes com os demais alunos. É um momento de ensino e aprendizado. É poder fazer amizades com outras turmas e melhorar nosso desenvolvimento intelectual e pessoal. Gostaria que todos tivessem a experiência de serem monitores e entendessem que o conhecimento compartilhado abre portas atuais e futuras”, comenta.
Gustavo Muhlbeier, aluno do 9º período de Enfermagem, conta que a monitoria refletiu, inclusive, no seu desempenho frente às atividades de estágio. “Minha primeira monitoria foi de Semiologia e Semiotécnica e, atualmente, sou monitor de Anatomia. As monitorias me ajudaram bastante, pois sempre me incentivaram a buscar e aprender mais, sem falar que revi muitos conteúdos, o que me ajuda no estágio supervisionado. Essa experiência nos faz ver com outros olhos o campo da docência, sem falar que enriquece nossa formação acadêmica, nos motivando a, um dia, sermos professores tão bons quanto os nossos preceptores”, salienta.
Para Gabriela Balvedi Zancan, estudante do 5º período de Medicina, a experiência contribuiu muito para o seu aprendizado e aprimoramento. “Eu amei ser monitora, nunca me achei capaz de orientar ou auxiliar outros alunos. Após algumas monitorias fui me soltando e acredito que alcancei uma boa comunicação com meus colegas. Além disso, pude aprender muito, tirando dúvidas essenciais para a minha formação. Hoje, se alguém me perguntar sobre a monitoria, direi que foi uma das melhores experiências acadêmicas que já tive”, conta.
Como participar
As vagas para monitorias são abertas semestralmente pelas Coordenações de cursos de graduação, não sendo restritas aos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia. Aluno UNIDEP, quer ser um monitor ou monitora? Converse com o coordenador (a) do seu curso e obtenha mais informações.
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Matéria: Profa. Ma. Jozieli Cardenal Suttili / Jornalista MTB 9268 – PR
Coordenadora da Agência Experimental de Comunicação do UNIDEP
Contato: [email protected]